
Odeio a saudade que mora do meu lado desde que você foi embora. Odeio o cheiro bom do seu corpo impregnado na minha memória. Odeio a sua preocupação idiota com os meus sentimentos, seu bom mocismo inoportuno, que me encanta. Odeio suas tiradas clichês me arrancando riso. Odeio seu jeito careta e tão senhor de si. Odeio a música que você me toca, me entorpecendo os sentidos. Odeio o seu beijo me invadindo, com a minha ansiosa permissão. Odeio sua voz sua voz de menino carente me suplicando mãos e toques e tudo. Odeio seu beijo a devorar todos os meus quereres num átimo. Odeio que meu pensamento adormeça e acorde se importando com o seu. Odeio como me faz sentir bonita e infantil. Odeio que seja tão lúcido e maduro e agora siga por aí sem sentir falta da minha pele na sua... Contraste e completude. Odeio seus disfarces de homem inatingível. Odeio minhas reações delatoras. Odeio que consiga seguir sem mim e odeio mais ainda admitir que essa tenha sido a coisa certa a ser feita. Odeio essa imensa fome que sinto de ti, amor.