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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

0 amor é cego....




A frase não é só força de expressão, segundo estudo  publicado no periódico Psychological Science. Os cientistas acompanharam 220 recém-casados durante três anos (o suficiente para baixar o fogo da paixão) e pediram que ambos se autoavaliassem e ao parceiro em relação a qualidade e defeitos, como gentileza, inteligência, compreensão, imaturidade e preguiça. Os casais mais felizes (e duradouros) eram aqueles que quase não viam imperfeições no outro.



Gosto quando te calas

Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.
Pablo Neruda

Um comentário:

'coragem!
pra que fechar a voz?
se a força do desejo
pulsa em cada
um de nós'

dele-milton nascimento


[#DoAmor]