
Hoje eu poderia rir de alegria por me fazer tão bem. Poderia fazer aquelas coisas que não exigem nada,
que se completam em si mesmas, atos tão simples como:
enfiar as contas de um colar,
andar de pantufas do Taz,
apreciar objetos,
olhar a chuva,
acender incensos,
ficar horas no chuveiro,
sentir a náusea de um perfume antigo,
guardar a caixinha de sândalo,
ler, escrever palavras que pedem passagem,
beber o chá,
contar as folhas no fundo da xícara,
desprezar sortilégios,
rir da própria ingenuidade,
ignorar o poder,
ser livre para cantar bem alto,
dançar ,
vestir uma fantasia,
transgredir as horas,
esquecer-me de todos os poemas escritos
e de todos os que ainda vou escrever.
Mas.... e se eu tivesse simplesmente desejado ouvir sua voz?
Canção do Amor
Tu és a corça e eu o cervo,
pássaro tu e eu a árvore,
o sol tu e eu a neve,
tu és o dia e eu o sonho.
De minha boca adormecida
à noite um pássaro de ouro voa a ti:
tem a voz clara, multicolores asas,
e vai cantar-te a canção do amor
- e vai cantar-te a canção de mim.
Hermann Hesse
Amei todo este post...
ResponderExcluirTenho visitado alguns blogs
ResponderExcluire o seu é um dos que mais
gosto.
Nem sempre deixo ou faço um
comentário, como agora, mas
seguir os especiais eu não
poderia deixar de fazê-lo.
Vou seguir você, por aqui.
Um beijo e parabéns pela
página, sempre bem cuidada.
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